Papel do psicopedagogo e campos de atuação

Papel do psicopedagogo e campos de atuação

O psicopedagogo é o profissional que está apto para trabalhar e atender crianças, adolescentes ou até mesmo adultos com problemas de aprendizagem atuando na prevenção, diagnostico e tratamento clínico ou institucional. Tento, portanto um caráter preventivo e terapêutico.

É preciso ter clareza que a psicopedagogia é um campo de atuação que lida com saúde e educação e diretamente com o processo de aprendizagem, considerando a influência do meio, escola, família e sociedade. Sendo assim, o objetivo do trabalho psicopedagógico é promover a aprendizagem garantindo o bem-estar das pessoas em atendimento devendo-se valer-se dos seus recursos disponíveis incluindo a relação dos recursos Inter profissionais, realizando pesquisas cientificas no campo psicopedagógico com intuito de promover novas aprendizagens. O psicopedagogo precisa entender o ser humano como uma pessoa integrada. Para aprender é preciso agir.   Os transtornos podem estar escondidos e precisa ter uma equipe multidisciplinar para detectar esses transtornos e poder intervir.

E o primeiro responsável a detectar esses transtornos é o professor, por esse motivo é que ele deve ter um olhar atento ao seu estudante.                                                        

O psicopedagogo identifica as dificuldades e os transtornos que impedem que o aluno assimile os conteúdos ensinados na escola.  Este profissional analisa o comportamento do aluno, observando como ele aprende, promove intervenções nos casos de fracasso escolar promovendo mudanças nos aspectos psicosociológicos trabalhando com a escola e a família. Problemas de conduta e de aprendizagem estão relacionados. Quando o problema for de origem emocional o trabalho é do psicólogo, por conseguinte, quando o problema for de aprendizagem é de função do psicopedagogo.

“É comum, na literatura, os professores serem acusados de   isentarem-se de sua culpa e responsabilizar o aluno ou sua família pelos problemas de aprendizagem”, mas há um processo a ser visto, às vezes, os métodos de ensino tem que ser mudados, o afeto, o amor, a atenção, isto tudo influi muito na questão”. Bossa (2000, p. 14).

Nesse caso, o psicopedagogo procura avaliar a situação da forma mais eficiente e proveitosa. Em sua avaliação, no encontro inicial com o aprendente e seus familiares, que é um recurso importantíssimo, utiliza a “escuta psicopedagógica”, que o auxiliará a captar através do jogo, do silêncio, dos que possam explicar a causa de não aprender.

A [...] intervenção psicopedagógica não si dirige ao sintoma, mas o poder para mobilizar a modalidade de aprendizagem, o sintoma cristaliza a modalidade de aprendizagem em um determinado momento, e é a partir daí que vai transformando o processo ensino aprendizagem.  Alícia Fernandes (1990 p. 117)

 

Para Bossa (2000), o psicopedagogo tem muito o que fazer na escola: Sua intervenção tem um caráter preventivo, sua atuação inclui:

  • Orientar os pais;
  • Auxiliar os professores e demais profissionais nas questões pedagógicas;
  • Colaborar com a direção para que haja um bom entrosamento em todos os integrantes da instituição e;
  •   Principalmente socorrer o aluno que esteja sofrendo, qualquer que seja a causa.

São inúmeras as intervenções que o psicopedagogo pode ajudar os alunos quando precisam, e muitas coisas podem atrapalhar uma criança na escola, sem que o professor perceba, e é o que ocorre com as maiorias das crianças com dificuldades de aprendizagens, e às vezes por motivos tão simples de serem resolvidos. Problemas familiares, com os professores, com os colegas de turma, no conteúdo escolar, e muitos outros que acabam por tornar a escola um lugar aversivo, e o que deveria ser um lugar prazeroso. 

     O currículo dos cursos de Psicopedagogia possui ênfase em duas áreas: Psicopedagogia Clínica (em que o profissional atua em consultório sozinho ou em clínicas com equipes multidisciplinares) e Psicopedagogia Institucional (em que o psicopedagogo trabalha junto com outros profissionais em escolas, ONGs, hospitais e centros comunitários).